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segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Trilha para Cachoeira do Anhangabaú ou Cachoeira Perdida

Cachoeira do Anhangabaú ou Perdida


Região da Serra do Mar entre Paranapiacaba e Cubatão.





Não é atoa que essa cachoeira também é chamada de “Cachoeira Perdida”. São 21 km ida e volta partindo da Vila de Paranapiacaba. Além de ser uma trilha relativamente longa, o trajeto é cheio de bifurcações e qualquer deslize você sai do caminho certo facilmente (umas 10 bifurcações no mínimo).

Segundona de Carnaval todo mundo curtindo a festança, mas como prefiro a companhia da selva, juntei uns amigos com a mesma finalidade: explorar e se divertir no meio do mato.

Saímos bem cedo, mas só começamos a trilha por volta das 8:30 da manhã. Pegamos a estrada sentido a Vila Taquarussu para entrarmos na trilha propriamente dita depois de uns 2,5 km, mas antes de chegar na entrada dessa trilha, fizemos uma pequena saída para outra cachoeira. Essa conhecida como Cachoeira da Água Fria, cerca de uns 200 m da estrada. Confesso que esse eu não conhecia apesar de passar tantas vezes naquele caminho e nunca imaginei que estava à 200 m de uma cachoeira. Ela é pequena, deve ter uns 4 ou 5 metros de altura no máximo, mas sem dúvida não deixa de ser uma boa opção para aproveitar num dia quente e o melhor é que não oferece qualquer dificuldade técnica para alcança-la.

Cachoeira da Água Fria
Voltando a trilha original, entramos na mata pela trilha que dá acesso a outra cachoeira (a do Banquinho), no meio do caminho a primeira bifurcação, uma sobe o morro e a outra continua reto. A sobe vai para a cachu do Banquinho, a outra segue para a Perdida.

Seguimos reto e aí foi ficar de olho nas coordenadas do GPS (altamente recomendado usar um para não se perder). Desse ponto em diante são inúmeras bifurcações e um sobe e desce constante até que no meio do caminho o barulho do rio logo abaixo chamou a nossa atenção. “Opa! O rio ta perto então a cachoeira num tá longe!”. Não se engane com isso. Tá longe ainda sim!
Ainda no alto da serra do lado de cá do Rio Quilombo entre uma abertura e outra no meio da vegetação conseguimos ver uma grande queda d’água descendo a serra do outro lado que estávamos, sem dúvidas era ela! Em linha reta uns 3 km para dizer o mínimo, mas ainda tínhamos que descer um zigue zague daqueles até cruzar o rio e subir do outro lado.

Rio Quilombo
Não perdemos tempo, descemos a encosta, bem íngreme por sinal, até chegarmos a margem do rio, onde paramos para um lanche e recuperar um pouco das forças antes de cruzar o rio e seguir atrás da cachoeira! Ufa! Falta sim faltava pouco!

Cruzamos o rio por cima das pedras escorregadias e qualquer deslize o banho gelado tava garantido.

Travessia do Rio Quilombo
Subimos um trecho da serra do outro lado do rio até que chegamos na base da Cachoeira Perdida, mas agora não é mais perdida pra gente né!

A queda impressiona, são aproximadamente uns 80 metros de altura e algumas pequenas quedas acompanhando o leito do rio. Simplesmente linda! Na minha opinião uma das mais bonitas desse lado da serra.

Cachoeira do Anhangabaú ou Perdida
Ficamos lá algumas horinhas, curtindo a cachoeira só pra gente, já que o acesso é difícil e arriscado, consequentemente não encontramos ninguém durante todo percurso, outro grande detalhe é que essa foi uma das trilhas mais limpas que percorri na região da serra, sem sujeita nenhuma trazida pelo ser humano. Se você for percorrer esse trajeto, faça o mesmo, traga seu lixo de volta e ajude na preservação do local.

Depois de curtir aquele paraíso só nosso, chegou a hora de voltar e não se engane, não tem elevador, teletransporte, escada rolante, nada para facilitar a volta não! Tudo que você percorreu na ida, você vai ter percorrer na volta! Então poupe energia se for fazer um bate volta, porque a subida é muito mais difícil na volta.

Ah! Não tem como deixar de avisar. Cuidado com as cobras e aranhas! Tem bastante no caminho ok! Todo cuidado é pouco! Use um bastão de caminhada para auxiliar tanto na caminhada como para tirar as teias e afastar algum animal peçonhento que cruzar seu caminho. Afastar! Não matar! Lembre-se que você está no ambiente dele, na casa dele, então respeite!


Final de trip merecido!
Depois dessa longa caminhada de exploração, finalizamos nossa trip com a sensação de alívio, por terminar uma trip bem louca e por ter a oportunidade de curtir uma cachu pouco explorada pela dificuldade de acesso. Tomara que fique assim por um bom tempo e quem for tenha consciência de preserva-la.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Trilha da Cachoeira do Banquinho

Cachoeira do Banquinho




Explorando algumas cachoeiras na Serra do Mar.





Depois de procurar algumas informações sobre essa cachoeira, juntamos alguns amigos para aproveitar o feriado do aniversário da cidade de São Paulo e curtir o dia no meio da selva.

Partimos para Paranapiacaba local onde iniciamos a caminhada em direção à Vila Taquarussu, após 2,5 km de caminhada pela estrada conhecida como Caminho do Sal, saímos dela e adentramos na mata.

Saindo de Paranapiacaba
A trilha está bem demarcada, não oferece muita dificuldade técnica de segui-la, mas requer atenção e um pouco de preparo físico, já que ela tem aproximadamente 12 km ida e volta com algumas subidas e descidas.

Recomendo o uso de bastão de caminhada não só pelo apoio, mas para auxiliar na retirada de algumas teias de aranha no meio da trilha e para afastar algumas cobras que possam aparecer no caminho. Lembre-se de que é você que está no habitat dela, então respeite-a!

A durante a trilha passamos por várias nascentes ou o que já foram nascentes, infelizmente muitas delas estão secas, o que acende uma luz de preocupação, pois a selva vai perdendo a força quando a água começa a ficar escassa.

Uma das nascentes secas
Depois de umas duas horinhas de trilhas subindo e descendo, chegamos num pequeno córrego percorrendo por cima e várias pedras formando um bom local para um banho gostoso de água gelada da serra. Se puder, “perca uns minutinhos ali” você não vai se arrepender!

1ª Queda
Seguindo em frente, percorrendo o córrego por mais uns 80 metros você chega no topo da Cachoeira do Banquinho. Nome bem apropriado, já que a formação rochosa tem a forma de um banco acompanhando o paredão todo, propiciando ao aventureiro um lugar bem aconchegante para ficar debaixo da queda d’água muito bem acomodado. A natureza é mágica!

A Cachoeira do Banquinho
Vale ressaltar a recomendação do uso de botas nesse tipo de aventura, pois bem ao lado da cachoeira encontramos uma cobra coral entre a trilha e a pedra da cachoeira. Outro bom motivo para ficar com um bom calçado é o risco de escorregar, porque a uns 6 m da cachoeira, seguindo na mesma formação rochosa, uma nova queda se forma descendo quase em um ângulo de 90º montanha abaixo, como se fosse um gargalo ou um funil. (Tai um bom motivo para voltar e continuar descendo a trilha para ver essa nova cachoeira por baixo).

Como não daria tempo para explorar mais, aproveitamos a cachoeira sentados no banquinho caprichoso. Depois de bons momentos descontraídos retornamos para Paranapiacaba onde finalizamos o dia em um dos restaurantes da vila.

Cuidado onde pisa!
Recomendações:

- Use bastão de caminhada como já foi citado acima, o caminho tem muitas teias de aranhas e cobras, além de auxilia-lo nos barrancos e nas pedras escorregadias.
- Vá de botas de trilha, daquelas de cano longo para se proteger de torções ou picadas de cobra.

- Leve sacolas ou sacos de lixo para trazer seu lixo de volta, essa é uma das poucas trilhas que posso dizer que ainda está limpa. (salvo próximo a primeira queda onde deu a impressão de ter existido um acampamento de longa duração, talvez tenha pertencido a algum caçador que abandonou o local deixando muito lixo e entulho para trás).